segunda-feira, 30 de novembro de 2009
I don´t speak "Brazilian", but I speak Rock n´Roll!
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Põe magnetismo nisto!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Hemingway e os gatos de seis dedos
quarta-feira, 29 de julho de 2009
The Thirties are the new Twenties!
Há algumas frases em inglês que de repente entram na moda. Escutei essa pela primeira vez quando tinha 29, em alguma série. É claro que eu adorei! Depois escutei em algum filme, vi em algum lugar da internet, e é claro, comecei eu mesma a divulgá-la por aqui "Os 30 são os novos 20!" Quando fiz 30 foi a frase que mais usei.
Acho que faz sentido, pois com 30 e poucos me vejo fazendo muitas coisas que antigamente eram adequadas apenas a pessoas de 20 e poucos.
Não tive medo de me tornar uma Balzaquiana, até que foi legal! Espero curtir muito bem esta década da minha vida e entrar muito bem e segura nos 40, que obviamente, são os novos 30!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Roma e seus provérbios
- A maioria dos romanos não fala inglês, mas se esforça muito para ajudar e dar informações (como os brasileiros);
- Numa avenida movimentadíssima, onde os carros passam em alta velocidade, basta você pisar na faixa de pedestres que os carros param (diferente dos brasileiros);
- Os romanos não cedem o lugar no transporte público para os velhinhos, fizemos isso lá e a senhora ficou meia hora agradecendo "Grazie! Grazie mille!" (acho que os brasileiros cedem o lugar);
- Os italianos reconhecem as brasileiras de longe, mesmo sem nos ouvir falar português, de longe eles gritam "Ciau Brasiliani" (os descendentes dos "gladiadores" são agora os grandes "galanteadores");
- A pizza italiana nada tem a ver com as nossas (frango com catupiry? o que é isso?) e as massas deles não vem nadando em molho.
Como todos sabem, Roma tem uma história de glória e grandeza que a coloca como personágem principal de vários provérbios:
Roma não se fez em um dia (Rome wasn´t build in a day) - Significa, tenha paciência!
Em Roma, faça como os romanos (When in Rome, do as the Romans do) - Siga as tradições locais.
Todos os caminhos levam à Roma (All roads lead to Rome) - Várias interpretações, gosto destas: Há mais de um modo de chegar-se a um objtivo, mas todos eles são válidos. Ou: Em determinadas situações todas as respostas levam ao mesmo resultado... mais ou menos como se todas as suas tentativas acabassem no mesmo objetivo.
Quem tem boca vai a Roma (Preguntando se llega a Roma) - Este é controverso... Desconheço se existe em inglês, mas em espanhol existe. Há pessoas que dizem que não é "vai a" e sim "vaia" do verbo "vaiar". Estas pessoas explicam até a etimologia (Na época de Roma, todos os que queriam demonstrar descontentamento com o governo romano só podiam VAIAR... Ou seja, quem não gosta, arruma um jeito de mostrar que não gostou...) mas eu discordo. Acho que é "vai a" sim, porque se não não faria sentido em espanhol. Acredito que o significado principal é que buscando, perguntando, agindo, você chega ao seu objetivo.
De qualquer forma, um dia voltarei à Roma, pois além de eu ter boca, todos os caminhos levam à ela. Não sei bem quando, pois Roma não se fez em um dia, mas tenho certeza que quando lá estiver, farei como os romanos. Como tenho certeza disto? Simples! Joguei uma moedinha de costas na Fontana di Trevi, e segundo a lenda, quem faz isso há de retornar à Roma.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Carminha e a erva da sinceridade
quarta-feira, 6 de maio de 2009
O Rio de Janeiro continua lindo
Bendito Discovery Travel & Living! Eu estava domingo, ultra entediada em casa, o dia inteiro fazendo absolutamente nada. Estava tentando ver televisão com o controle na mão para ver se encontrava alguma coisa interessante, quando parei neste canal. Era daqueles programas que eles avaliam hoteis pelo mundo. Os apresentadores estavam em um lugar maravilhoso, e eu pensei "que lugar lindo, será que é o Rio?" e era. Não vi o programa inteiro, mas a parte que eu vi eles tinham acabado de sair de um hotel chiquérrimo com uma paisagem maravilhosa e foram avaliar outro hotel em Santa Teresa. Eu, com minha santa ignorância nunca tinha ouvido falar neste lugar, mas fiquei louca para conhecer. Aí eu me lembrei de quanto tinha amado a cidade quando fui para lá em 2002. Há gringos que atravessam o oceano para ir ao Rio, e eu, que basta atravessar 350 km de Via Dutra não disfruto das maravilhas deste lugar. Assim que acabou o programa, falei para o Lu que eu iria entrar na internet para procurar um hotel. E foi assim que nós passamos o último feriado, pela primeira vez juntos na Cidade Maravilhosa!
Aí vão algumas dicas:
- Pão de Açucar: Vá no 1o. horário, assim que abrir - você não pegará fila e conseguirá tirar lindas fotos, sem ter de esperar as pessoas sairem da frente;
- Cristo: O trenzinho pra subir demora um bocado e é caro, se o seu tempo na cidade for curto, só o Pão de Açucar já vale a pena;
- Santa Tereza: Este bairro boêmio e antigo está na moda, eu particularmente adorei, mas estou certa de que não agrada o gosto da maioria. Subir de bondinho na minha opinião foi uma aventura única, e valeu até a espera de mais de uma hora na estação. A vista que há no restaurante do hotel Thereze (dica do programa da Discovery) é fantástica. Os bares e restaurantes com bossa nova são muito legais;
- O Bar Devassa de Ipanema é muito bacana;
- No domingo, caminhar ou correr do Leblon ao Arpoador, vale muito a pena;
- Vislumbrar a vista da Marina da Glória e Aterro do Flamengo é demais;
- O Jardim Botânico também é um passeio imperdível;
- Fizemos tudo de carro, com GPS. É bem fácil se deslocar no Rio, e bem sinalizado também.
Aproveitando que estou falando do Rio, vou contar umas coisas engraçadas que aconteceram quando estive lá em 2002: Desta vez eu fui de avião, peguei um vôo de SJC para lá (da TAM, na época tinha este vôo) e na volta, eles cancelaram o vôo e me mandaram pra Congonhas, sendo que de lá eles me mandariam de Taxi, junto com outros passageiros, para SJC. Bom, no vôo para Congonhas me colocaram na classe executiva, e adivinhem quem estava do meu lado? Galvão Bueno. Bem antipático por sinal, não me disse nem boa noite. Assim que desembarquei em SP, dei de cara com o Jorge Ben Jor. Eu disse: "Você!" O que o Galvão tinha de antipático, ele tinha de simpático. Se levantou na hora, veio me cumprimentar e disse, "Eu mesmo!" me deu um cartãozinho com a foto dele, uma dedicatória e ainda por cima me cumprimentou com beijinho! Depois ainda cruzei com a Suzana Vieira e com mais uns dois globais tipo "Malhação". Nunca encontrei tanta gente famosa junta! O aeroporto de Congonhas nos domingos à noite realmente é um point! Depois de chegar em casa de carro sendo que paguei pra ir de avião, 4 horas depois do previsto, nem estressei, foi divertidíssimo!
terça-feira, 28 de abril de 2009
Fai la furba!
Estavamos viajando de volta à Italia, num trem de Zurique para Florença (já postei alguma coisa sobre essa viagem, de como conseguimos jantar nesta noite). Como era de costume nas viagens noturnas de trem, eu e minhas 3 companheiras de viagem corríamos para dentro do trem assim que era permitido o embarque para conseguirmos uma cabine vazia onde poderíamos nos acomodar melhor. Cada cabine tinha 6 assentos, 3 a 3 virados para o centro. Cada cadeira se abria um pouco, e se abríssemos as seis, ficava tipo uma "camona" onde nós 4 podíamos nos esticar e dormir relativamente confortáveis. A nossa tática para que ninguém quisesse entrar na nossa cabine era a seguinte: assim que entrávamos, já esticávamos as cadeiras, espalhavamos nossas mochilas, apagávamos a luz, e fingíamos que estávamos dormindo. Quando alguém abria a portinha procurando por um acento, a minha prima doida roncava bem alto para espantar o entrometido.
Bom, felizmente tivemos êxito em todas as viagens noturnas, pois conseguimos dormir deitadas e chegar ao nosso destino sem dores nas costas e prontas para um dia inteiro de exploração. O único susto que passamos foi na fronteira com a Itália. Era de madrugada, estávamos todas dormindo pesado pois já não havia perigo de ninguém querer entrar na nossa cabine e atrapalhar nosso conforto, quando de repente abriram a porta da cabine, acenderam as luzes e começaram a falar alto. Eram alguns policiais, oficiais, ou "sei lá o quê" da fronteira. Queriam ver nossos passaportes, mas como a grande maioria dos italianos, ao verem quatro mulheres, quiseram também fazer gracinha. Um começou a chamar o outro e em poucos segundos tinha uns 4 caras revistando nossas malas, perguntando se estávamos vindo da Holanda, derramando vidros de shampoo e perguntando se tinhamos drogas... É claro que estávamos incomodadas com a atitude invasiva, mas a minha prima parecia estar em choque! Estava num cantinho abraçada com a mochila dela, quando o cara virou pra ela e gritou: "fai la furba!" Logo depois eles nos deixaram em paz e passado o susto, perguntamos à minha irmã que falava italiano, "que é Furba?" e ela disse que era alguma coisa assim, tipo "Espertinha". Aí a expressão virou hit da viagem, tudo era "fai la furba".
sexta-feira, 27 de março de 2009
Memória seletiva
Nunca fui muito disciplinada para escrever.
Sabe quando você é criança e todas as meninas tem os seus "diários"? (Na minha época era moda aqueles com uma chavinha, nos aniversários a gente ganhava um monte!). Então, acho que na época eu devo ter começado a escrever uns quatro, mas nunca fui até o fim.
Já na adolescência o negócio era ter a tal da "agenda gorda". Eu explico este "gorda": a moda era colar de tudo nas agendas, frases e fotos recortadas da revista Capricho (quem não leu?), papel de bala que alguém te deu, bilhetinhos das amigas, ingresso do cinema, etc, etc, etc... Pois é, todo ano eu começava uma agenda. Passava horas fazendo uma capa legal, os primeiros dias do ano eram uma maravilha, mas antes de março acabar (nem lembro se cheguei tão longe!) a agenda já ficava esquecida.
Agora a ferramenta é o Blog. E estou tentando manter um certo rítmo na escrita neste aqui. O problema é que muitas coisas interessantíssimas aconteceram nestes 30 anos da minha vida, e infelizmente por falta de disciplina, não foram registradas nem no diário e nem na agenda...
Este blog como eu já disse antes é meu espaço de memórias, tudo que eu achar relevante relembrar e registrar será relembrado e registrado, mas é claro que sem uma ordem cronológica. Nem sei se vou conseguir me lembrar de tudo, nem se terei paciência de escrever tudo, mas vou tentar.
Uma vez a Irmã Diretora da minha escola (Irmã Dulce) foi nos dar boas vindas no primeiro dia de aula, e disse o seguinte: "Nós aprendemos muita coisa na escola, e ficamos preocupados em nos lembrar de tudo. Mas o nosso cérebro não foi feito para lembrar, e sim para esquecer, pois as coisas realmente relevantes a gente com certeza nunca esquece."
É claro que só vou me lembrar do que quero lembrar! ; )
segunda-feira, 23 de março de 2009
Passando fome na Europa
Quatro garotas de vinte e poucos anos, viajando pela Europa de trem. Não havia Euro ainda, e perdia-se bastante com o câmbio. Estávamos vindo da Itália, onde na época 1 real valia 1000 liras, e era bem barato para a gente. Para se ter uma idéia, dava pra comprar três "bottiglie" de vinho com 10000 liras, ou dez reais. Já na Alemanha e Suíça era diferente, o dinheiro bem mais valorizado que na Itália, e consequentemente albergues e alimentação bem mais caros. Fomos à Suiça para nos encontrar com alguns amigos em Zurique, mas acabamos nos planejando mal e ficando por lá mais tempo que o necessário. Em um dia já tinhamos visto tudo (a cidade é pequena, bonita, mas sem muitos atrativos), e ainda havia um dia inteiro até pegarmos o trem de volta para a Itália. A grana estava curta, mas como não tinhamos muitas opções, resolvemos pegar um ônibus para Lucerne e para os alpes, pois duas das meninas nunca tinham visto neve e queriam muito ver. Lembro que a passagem custou 100 dollares, que era todo o dinheiro que tinhamos para aquele dia. Resolvemos ir mesmo assim, pois podíamos passar fome, mas não podíamos deixar de ver os alpes!
Então tivemos que improvisar. No café da manhã do albergue, além de comermos feito loucas, enchemos nossas mochilas com o que dava. Até embalagenzinhas de patê que tinha um formato de salcicha e um gosto estranho pra burro. No meio da tarde, deu pra fazer um lanchinho! Ao regressar em Zurique, sabendo que passariamos a noite no trem, bateu a fome novamente. As quatro então juntaram todas as moedinhas de Franco Suíço que tinhamos nos bolsos para ver o que daria para comprar no supermercado. Para nossa surpresa, não dava para nada. Uma das amigas, super gente boa, mas bem patricinha, num tom dramático e com voz de choro, disse: "Nunca passei fome na minha vida!" É claro que começamos a gargalhar, e foi aí que começei a reparar que os carrinhos do supermercado para serem retirados, o cliente precisava colocar uma moeda de 1 Franco, a qual seria devolvida na hora que o cliente devolvesse o carrinho no devido lugar. Por sorte vários suíços ou eram bem preguiçosos ou não estavam nem aí para as suas moedinhas. Chamei as 3 e falei: "Fiquem de olho nos carrinhos perto do caixa que não foram devolvidos, tragam para mim!" Depois de uns 10 minutinhos deste trabalho "voluntário", já tinhamos mais que o suficiente para um bom lanchinho, que seria saboreado no trem, a caminho de Florença...